E o passado vira presente
Quanto tempo?
Eu no quarto escuro
Nas dimensões de minhas vontades
Isso meche mesmo comigo
E as palavras
Os sentidos que dei as minhas criações em apenas quatro paredes
E agora o fim
De como passei despercebido
E não a vi
Chamada de esperança
Como meus dias amargos tomaram conta de tudo
E não a vi
Chamada esperança
Liberdade
Passei por minha vida toda
Não as vi
Nem seu cheiro
Seu gosto
Não há liberdade onde há amor
A liberdade me tirou todo especo livre.
E hoje a única vontade e de ver o fim
Não há palestras
Não há cerimônia
Não há contratos
E estive aceso, ligado a tomada
Acordado
Vendo os dias passar
E sem nada poder fazer
Tive que mentir a mim mesmo
E qual mentira contaria?
Essa tormenta que me passa
E a luz, como ofusca os olhos e esse gosto
Assim como a luz que vejo
Sustenta o que sinto
E me diz quem sou
Me diz o que vim fazer
E me diz o que devo fazer daqui em diante.
Acordei às 4 da madrugada hoje
E essa dor?
E essa escuridão?
E quando o sol se pôr...
E os planos de vida eterna.
Não há razão para duvidar!
Esse deserto
Quando as palavras não mais valer
Mas ainda há razão para estarmos aqui.
Quem sou eu?
Com esse caminho escuro
Com esse corpo machucado
E o vento assopra, e me recorda de tudo que fui
E lembra-me quem sou
Não me lembro o que restou e não sei mais para que vivo
Nem minhas orações me trouxe a luz na qual precisava ver.
Lembro sim, o que já vivi.. Pelos caminhos que percorri!