Tantas coisas suportei, poucas me orgulhei, às verdades fui eu quem criei, conseqüência de tudo que plantei, os meus sonhos nenhum realizei, tentando viver aquelas histórias que inventei.
Aquele dia, coberto pela neblina na estrada.
Fiz valer o que valeu, foi um azar cheio de sorte, te encontrar mudou tudo de lugar.
Ainda sinto aquele corte, foi profundo.
Estive mudo, surdo no fim do mundo.
Se perder daquele tiro à queima roupa.
Agora depois de tanto tempo eu decidi, vai ser diferente, terá que ser diferente.
Sonhando acordado, levantei-me para ir ao banheiro, nem vi chegar de manhã cedo.
Quero dormir, quero acordar, quero sentir a brisa do ar.
Não gosto de esperar a vida passar porque a única herança que ela deixa é a morte.
Então, correr atrás da sorte, quero terminar tudo que comecei. A vida sempre valeu a pena, nós que tomamos caminhos errados.
Vivendo e aprendendo, matando e morrendo, andando por cima ou por baixo, distante do certo e perto do errado.
Corri atrás dos sonhos, e eles pra lados opostos.
Sofri o que mereci, um pouco mais engoli, acreditei no que vi, se foi pouco não entendi o que foi mais meu do que seu, para quem plantei tudo isso? Se na minha colheita nada nasceu, cresceu, desenvolveu, se tudo isso foi mais meu do que seu então cadê minha parte da colheita?
De todo o mato e a grama que plantei, não demoraram pra nascer, muito menos pra crescer.
Parece que não sobrou espaço para as flores.
Tudo isso que fiz valer, não demorou, julguei, fui julgado, não fui réu, mas fui condenado.
Tive minha parcela de culpa e de inocência.
Fiz sobrar o que faltou, prosperei sem perceber.
Cumpri minha parte pro bem e pro mal.
Agora, seguir em frente, sem diminuir, sem dividir.
Em frente, sempre !